segunda-feira, 6 de junho de 2011

Mais poesia

Ruiva

Que me lambam seus cabelos: labaredas.
Sua língua quente-fria, que me toque.
É a pele que me instiga pra que eu ceda
Ou o corpo agitado pelo Rock?

E os olhos faiscantes, mente rápida.
A vontade objetiva, ação exata.
As tiradas são espertas, secas, ácidas
E a voz mole é sensual, é voz de gata.

Ela fala o que quer, comete injúrias.
Ela veste seus disfarces, psicótica.
E metralha giratória, exala fúria.
Gargalhada que contorce a gata gótica.

Junto à pele branca e lisa, delicada,
A revolta espinhosa, desgarrada.
Desprendida e antitética, seduz,
E entregam que é menina os olhos nus